sexta-feira, 14 de maio de 2010

Como foi o Painel de Sucessão Familiar?

O painel teve início às 9 horas. Tivemos uma abertura com o vídeo do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial. Em seguida, Sr. Vitor Barbosa representando o Sistema Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) deu as boas vindas.
Carla Mocellin, coordenadora do CPCE apresentou a primeira palestrante, a advogada Silviane Sansson, que falou sobre o processo legal no período de sucessão familiar.


Alguns pontos importantes e interessantes:

- A cada 100 empresas familiares, apenas 30 sobrevivem à segunda geração, 15 resistem à terceira e 4 superam a quarta.

- 67% das empresas que desaparecem no mundo tem como causa principal conflitos familiares não resolvidos.

- "Planejamento sucessório vem de muito tempo: desde Abrãao, na Bíblia, passando pela europa na idade média com casamentos combinados, até hoje com as empresas".

Silviane diz que o maior erro é a protelação do assunto sucessão. Sem ignorar o fato que a sucessão NÃO exclui a participação do fundador. Mas é preciso treinar os sucessores. Isso não quer dizer que o sucessor é o herdeiro!


É bom lembrar que não existe um modelo pronto de como fazer a sucessão. Cada empresa possui suas individualidades, particularidades. Mas cada instituição deve ter um planejamento formalizado, único, estruturado, tanto para negócios de grande porte, quanto para pequeno e médio porte. Esse planejamento deve estar escrito, para poder ser lido, reescrito, discutido.



As empresas familiares precisam de programas de aprimoramento, como por exemplo:

- family office = estrutura própria de apoio
- acordos com códigos de ética e conduta

Para tratar situações em que envolva política, cargos da empresa, etc.
E para instalar esses programas, a empresa precisa de um novo reestruturamento.

Concluindo, a advogada fez uma reflexão final com uma frase muito aprorpiada:

“PLATÃO DISSE QUE O TEMPO É UMA IMAGEM EM MOVIMENTO DA ETERNIDADE. O TEMPO COMEÇA PELA ETERNIDADE, POR UM SER ETERNO E ESTE SER ETERNO QUER SE PROJETAR NOS OUTROS SERES. ORA, ELE NÃO PODE FAZÊ-LO EM SUA ETERNIDADE: DEVE FAZÊ-LO NA SUCESSÃO.”

Enfim, mais pontos foram abordados, mas estes se destacaram. Para saber mais sobre
o assunto, você pode acessar o material utilizado para a apresentação por Silviane Sansson clicando no link:
http://www.unindus.org.br/uploadAddress/Planejamento%20Sucess%C3%B3rio%20-%20FIEP%20NOV_07%5B37744%5D.ppt#300,22,VII. REFLEXÃO FINAL

Na segunda parte, após o intervalo, o Professor João Carlos Roso iniciou abordando o tema:


"Características de longevidade das empresas brasileiras centenárias".



Sua apresentação foi rápida, cerca de 20 minutos. Apenas para mostrar alguns dados estatísticos que comprovam a permanência no mercado e longevidade por empresas familiares.



E a última palestra foi com Ricardo Rezende, empresário que soube administrar seus negócios junto com sua família. Deu um relato de sua experiência com a sucessão familiar em sua empresa - a Sabarálcool.

De uma maneira mais casual, contou sua história de vida e o caminho que passou até hoje. Ele é filho de um pioneiro e acha que o melhor caminho é ser humilde no casamento, com a familia, no trabalho. Quanto mais fundador, quanto mais velho, quanto mais experiência você tiver, mais humilde você precisar ser. Para Rezende, a humildade é a base da evolução.



"Na minha empresa, eu e meus filhos vamos de uniforme e cumprimos horário. O carro e o telefone são da empresa. Não misturamos as situações" .



Com essa frase resumiu a posição dele em relação aos negócios.



Indicou alguns livros, dentre eles: "Familia, familia, negócios à parte", do Renato Bernhoeft.

Depois foi aberto um tempo para perguntas.

A palestra teve sucesso do início ao fim, pois é um assunto muito visado hoje. As doações de 135 alimentos não-perecíveis e 8 latas foram para o Comunidade Terapêutica Educacional Renascer - CTER.

Nenhum comentário:

Postar um comentário